Pedro

Aos meus Pais, por me terem dado a Páscoa

Jesus, Filho de David, tem piedade de mim, que sou um pecador!

 

A Lua cheia daquela noite – era a véspera do 14 de Nissan – não deixava que me escondesse do meu próprio pecado, que pelos séculos dos séculos seria lembrado. Era impossível disfarçar-me na escuridão como tantas vezes o fizera ao longo da vida, aparentando ser quem não sou, fingindo não ser quem era na realidade. Sempre a querer ser mais por me sentir preso na minha condição de mortal, sem saber que o infinito só se pode ser na eternidade que desconhecia existir.

Queria tanto saber por que sou Eu!
Quem me enjeitou neste caminho escuro?
Queria tanto saber por que seguro
Nas minhas mãos o bem que não é meu!

Quem me dirá se, lá no alto, o céu
Também é para o mau, para o perjuro?
Para onde vai a alma que morreu?
Queria encontrar Deus! Tanto o procuro!

A estrada de Damasco, o meu caminho,
O meu bordão de estrelas de ceguinho,
Água da fonte de que estou sedenta!

Quem sabe se este anseio de eternidade,
A tropeçar na sombra, é a verdade,
É já a mão de Deus que me acalenta?

Florbela Espanca, Sonetos

Como bálsamo ardente, lágrimas em torrente me queimavam a cara, abrindo dois sulcos indeléveis, deixando-me marcado pelo verdadeiro Baptismo que na vigília daquela noite terrível recebi. Brotava-me do coração incessantemente essa invocação do cego de Jericó – não por acaso a cidade da Lua. Penitente já com os estigmas no rosto, mas que tomei por bênção e não maldição, acrescentei-lhe a condição em que com arrependimento sincero me vim a reconhecer: sou um pecador. Perdoa 70 vezes 7, respondeste-me um dia. Ó Senhor, apesar da minha infidelidade, permanece Tu fiel à Tua Palavra.

Como podia eu ter respondido “Sou eu!”, quando me via a ficar sem Ti, fonte das minhas forças e onde pusera todas esperanças. Quando eras Tu a origem e o sustento do meu ser… Sem Ti só conseguia responder “Não sou!”. Sem Ti era nada, mais o meu pecado.

Ó sumo Deus! Tu mesmo te condenas,
Por o mal em que eu só sou o culpado,
A tamanhas afrontas, tantas penas?

Por mim, Senhor, no mundo reputado
Por falso e violador da sacra Lei?
A fama a ti se põe do meu pecado?

Eu, servo sem valor; tu, imenso preço:
Em preço vil te pões, por me tirares
Do cativeiro eterno que mereço?

Luís de Camões, Elegia VIII

O felix culpa quae talem et tantum meruit habere redemptorem! Foi uma verdadeira libertação, finalmente vivendo as histórias que o meu Pai me contava todos os anos na Pessach, naquela mesa maravilhosamente posta por minha Mãe. Depois do partir do pão, começava a recitar:

Este é o pão da pobreza que nossos antepassados comeram na terra do Egipto. Quem tem fome que venha e coma; todo o necessitado que venha a festeje o seder de Pessach. Este ano aqui; no ano que vem na terra de Israel. Este ano escravos, no ano que vem homens livres.

Em Israel vivíamos já, pelo que sempre me perguntei o que nos estaria realmente reservado por Deus. Ansiava por uma resposta que me viesse a apontar onde se cumpria essa promessa.

Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
Que ergui mais alto o meu grito,
E pedi mais infinito!

José Régio, As Encruzilhadas de Deus

Nos meus tempos de criança vivia aquelas noites de Páscoa à espera do momento em que perguntava, cantando 4 vezes: Porque é esta noite diferente de todas as outras noites? Mas nunca encontrei o que esperava naquelas ladainhas, porque tudo me fazia olhar aos Céus e não à terra onde vivíamos, plantada à beira daquele mar que tanta morte já trouxera aos nossos. Ansiava por um além que não pudesse ser demarcado pelos homens, cujo horizonte nunca acabasse.

Como era o primogénito da nossa casa, acabava por me encher o pavor da morte, para a qual não encontrava sentido e que julgava invencível. Nessas noites de Páscoa, era sempre com enorme alívio que via passar, sem se deter, o anjo da morte – sim, via-o bem! O sangue do cordeiro protegia a nossa porta. Mas certo é que todos os anos o medo me tomava ao chegar aquele momento, quando uma nuvem bem negra cobria a Lua e o vento soprava as velas acesas por minha Mãe, que logo as envolvia com as suas mãos não deixando que se apagassem.

São cinco letras: Pedro é o meu nome.
Daí o rumo da minha sorte…
Meu nome é Pedro. Que triste nome!
Tem tantas letras aquele nome
Como a palavra triste da morte!

Pedro Homem de Mello, Pedro

Porque me mudaste o nome Senhor?… Logo a mim que tanto me orgulhava que me chamassem Simão Bar-Jonas.

O meu Pai compreendia bem os meus pavores. Também ele se sentia marcado pelo seu nome, mas a que sempre teve por sinal de esperança e não condenação. Nas noites mais escuras e nos dias em que as tempestades nos interrompiam a faina e o medo se apoderava de mim, aquele homem simples, curtido pelo sol e pelo sal, tinha o condão de me trazer paz, como o traria a todas as nações o Leão de Judá no seu dia. Assim se iam dissipando todas estas brumas, e acalmado o meu medo à morte: “Shemá Yisrael, Ado-nai Elohenu, Ado-nai Echad… Reza comigo Simãozinho esta versão mais curta: Escuta Israel! Escuta Filho de Jonas! O Senhor é o nosso Deus, o Senhor é Um! Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua mente e com todas as tuas forças. E ao próximo como a ti mesmo. Faz isto e serás feliz!”

Homem, menos que nada e mais que tudo.

Vitorino Nemésio, O Verbo e a Morte

E cantávamos os salmos de David, uns em voz bem alta, outros, os que eu mais gostava, quase em sussurro. Nessa noite em que te neguei, de voz afogada num mar de lágrimas só conseguia soluçar: “Do fundo do abismo em que me encontro, por Ti clamo Senhor! Ouves a voz da minha súplica? Escuta a minha prece! Sei bem o horror do meu pecado, mas se o tiveres em conta, Senhor, quem se poderá salvar? Procuro em Ti o perdão, só em Ti espero confiado nas tuas palavras de vida eterna. A minha alma sempre ansiou por Ti Senhor, mais do que a sentinela pela aurora… Em Ti está a misericórdia! Em Ti encontrarei abundante redenção. Sim Senhor! remirás todos os meus pecados!”

Os meus Pais, como se todos os dias fossem noites de Páscoa, contavam-me os feitos dos seus antepassados, escolhidos pelo próprio Deus dentre as nações da terra, donde surgiria um dia o Salvador de todos os homens. Perguntava-me o que levara Deus a escolher aquele Povo de coração transviado, que não havia meio de atinar com os caminhos do Senhor, apesar das Suas inúmeras manifestações. Achava incompreensíveis as constantes infidelidades de Israel a um Deus Que lhe dava de comer à própria boca, Que lhe falava de viva voz, Que abria mares diante dos seus olhos, Que destruía os mais temíveis dos exércitos. Presumia eu, se Deus me aparecesse em pessoa, que comigo seria bem diferente.

Aquele bom Pastor, que conhecia
Na fraqueza do seu medroso gado,
Como dos cruéis lobos fugiria
Quando ficar o visse preso, atado.
Seus olhos, quando já mais não podia,
Negar não quis àquele, que negado
O Tinha, porque neles enxergasse
Qu’inda o receberia, se tornasse.

Ah! Pedro, quanto mais te magoou
Daqueles claros olhos a brandura,
Que chorar teu pecado te ensinou!
Ensinou-te a buscar a cova escura,
Que d’outra mais escura te livrou,
Onde também caíras porventura
Assim como caiu teu companheiro,
Um por cobiçar vida, outro dinheiro.

Que vida foi aquela que cuidavas
Que vivendo melhor conservarias
Pois pelo mesmo caso que negavas
A verdadeira vida, te perdias.

Frei Agostinho da Cruz, Sobre o Flevit amare

A história que o meu Pai melhor contava era, naturalmente, a de Jonas. Em Israel os nomes não são dados ao acaso e marcam-nos para sempre. Fiquei a sabê-la de cor desde pequenino. Era curtinha, mas sempre me pareceu que nela se encontrava uma chave para decifrar um grande enigma que um dia teria de enfrentar. O mistério do dia da Tua morte.

Jonas, a quem O próprio Deus convocou como Seu mensageiro, mas que Lhe quis fugir. Descoberto pelos seus companheiros, foi lançado ao mar e engolido por uma baleia, e ali ficou fechado, como num túmulo, três dias e três noites. Quase a desfalecer, Jonas lembrou-se do Senhor e, num fio de voz, entoou aquele mesmo salmo: Clamei a Vós do meio da morada dos mortos e ouvistes a minha voz! Vós, senhor, salvarás a minha alma do sepulcro! Oferecer-vos-ei sacrifícios com cânticos de louvor e cumprirei, finalmente, os votos que Vos fiz! Então o Senhor ordenou ao grande peixe que o libertasse. E Nínive foi salva da ira de Deus.

Três dias e três noites no sepulcro… já falta pouco meu Mestre e Senhor!

Como encontrar-te depois de ter perdido
Uma por uma as tardes que encontrei
O ser de todo o ser de quem nem sei
Se podes ser ao menos pressentido?

Não te busquei no reino prometido
Da terra nem na paixão com que eu a amei
E porque não és tempo não te dei
Meu desejo pelas horas consumido

Apenas imagino que me espera
No infinito silêncio a pura face
Pr’além de vida morte ou Primavera
E que a verei de frente e sem disfarce

Sophia de Mello Breyner Andresen, A Pura Face

Mal o galo cantou Tu me olhaste, não me deixaste só quando Satanás já me cercava acusando-me a fim de me desesperar. Ah, se Judas te tivesse também olhado… ainda o procurei, mais depois, mas já não o encontrei. Nesse olhar de perdão, Amor e pecado se encontraram, e a história da salvação que meus Pais me contavam desde que fui concebido ganhou, finalmente, sentido. O Leão de Judá começava a desvelar todos os mistérios, abrindo o Livro dos Sete Selos.

Compreendi as profecias de Isaías, por fim, como o meu Povo tanto tarda em compreender.

Tu mesmo predisseste que Te negaria. Mas sabias também que me poderia salvar. Conhecias-me bem. Eu estava confiado na minha fé, na minha vontade, na minha espada… pensava que isso chegaria para tudo enfrentar por Ti meu querido amigo. Não sabia que o que me faltava, e o que me bastaria, era a Graça. Não sabia nada… Mas Tu, sim, Tu sabes tudo.

Mas eis que te encontrei, de face a face,
Ó Cristo e me chamou a tua voz,
Talvez (quem sabe?) para que eu chamasse…

António Corrêa d’Oliveira, Verbo Ser e Verbo Amar

Sabes bem ó meu Cristo, quanto Te amo. Digo-to três vezes pelas três vezes que Te neguei. E Tu me confirmaste outras três vezes ante a minha confissão. Sabias, quando me escolheste que não passava de um judeu errante, procurando Aquele que me encontrasse, mas sempre fugindo ao mesmo tempo. Apesar de me saber um ignorante confiava na generosidade dos meus impulsos e nas forças das minhas mãos. Enganava-me constantemente porque tudo queria encontrar em mim, fonte da minha fraqueza. Confiava em demasia no poder dos homens, e era um reino humano que no fundo procurava quando fingia respeitar meus Pais, quando me tornei discípulo do Baptista, quando aparentemente tudo deixei para Te seguir. Quando me escolheste, logo imaginei as inúmeras façanhas que realizaria, como mudaria a face da terra, como venceria os poderosos do mundo, como corrigiria aquela religião caduca. Feitos humanos apenas…

Que mais podia eu responder àquela mulher: Não sou! Não sou Senhor. Sem Ti, nada sou, e também a Ti, como aos outros antes, iam matar. E eu acabaria como das anteriores vezes, sozinho, só comigo. A Tua face eu procuro, não me escondas a Tua face!

Esconde-me Jesus nas Tuas chagas, lava-me Senhor na água e no sangue que do Teu lado correm. Conforta-me na Tua paixão e chama-me. Não permitas que me separe de Ti.

Nos Evangelhos nada se diz, porque eu não o quis contar. Mas eu segui toda aquela Via Sacra que percorreste com a Cruz que te descarreguei nos ombros. Neguei-te três vezes, as mesmas que Tu caíste quando subias ao Gólgota, carregando a cruz da minha infidelidade, igualando-me na minha fraqueza. Tu a Quem, logo eu, descobri que eras o Filho de Deus. E assim me redimiste, meu Jesus!

Segui-Te de longe, como o fez também o espantado Barrabás. A ambos a Tua entrega libertava. Cada escárnio, cada chibatada, cada escarro… sabia-os agora consequência do meu pecado, sabia agora que era eu que os merecia. Pelos meus três nãos, três pregos te cravaram no madeiro.

Do fel amargo que te levaram à boca, fizeste um vinho doce que me ia consolando frente àquele espectáculo horrendo. E o meu olhar, antes incapaz de se levantar dos meus próprios pés, transformou-se e percebi que não se consegue compreender o natural sem uma perspectiva sobrenatural. As portas da Vida Eterna foram-se-me abrindo.

Ouvi-Te quando me perguntavas – Sim, a mim! – porque Te havia abandonado. Meu Deus, Meu Deus! Gritei-Te que não, que não Te abandonaria jamais, que não tornaria a pecar. Ouviste-Me? Ajuda-me a não tornar a pecar. Agora sim, agora te ouvi. Perdoa-lhes Pai, porque não sabem o que fazem!

Depois de Te descerem do Calvário e Te guardarem no Santo Sepulcro, Sacrário primeiro onde a morte foi vencida, descalcei as minhas sandálias e aproximei-me da Cruz. Os meus pés, como num lagar, ficaram escarlates para todo o sempre, banhados no Teu precioso Sangue. Abraçado à árvore da vida passei a noite do Sabath e recebi as chaves da Vida Eterna. Porque é que esta noite é diferente de todas as outras noites Avó? estariam em casa a perguntar os meus sobrinhos à minha sogra. Daqui a uns dias lhes levarei o kerygma.

Não mais larguei a Cruz, essa que tantos desprezam, que tantos afugenta, que tantos escondem hoje, por medo ou soberba, por falta de fé ou porque já a não compreendem. A Tua Cruz é o penhor do meu perdão. Sem ela não seria perdoado, sem esse perdão não me teria salvo, sem a Tua misericórdia ter-me-ia enforcado. Quando cheguei a Roma, onde os Teus seguidores se identificavam com um peixe preso por um anzol – sempre me pareceu uma minha imagem -, ordenei que o nosso símbolo fosse a Tua Cruz. Porque por Ela, só por Ela, seríamos salvos. Era abraçados à Cruz que poderíamos completar o que faltou à Tua Paixão. E, assim, só assim, ali pude entregar-Me por Ti e dizer-Te também a Ti: Este é o meu corpo! Este é o meu sangue!

Quando um ser humano
Chega ao estado de perfeição,
Quando pelo auxílio da graça,
Destruiu completamente em si mesmo
o eu,
se então cair no grau de desgraça
que corresponderia para ele
à destruição do eu vinda do exterior,
consegue a plenitude da cruz.
A desgraça não poderá então
Destruir nele o eu,
Porque esse eu já não existe,
Uma vez que desapareceu inteiramente
Para dar lugar a Deus.

Simone Weil, La Pesanteur et la Grâce 30

Regenerado, pela manhã juntei-me aos Teus. Nenhum me acusou. A minha cara, transfigurada pelas lágrimas do arrependimento, denunciavam bem que o Mestre me havia perdoado. Estava lá Tua Mãe que Te conhecia melhor que ninguém. Passámos o dia em silêncio e jejum, entrecortados pela oração em comum. João que tão bem te compreendia – talvez por ter coração de criança? –, na sua voz clara e pura ia procurando as passagens da Sagrada Escritura que explicavam aqueles acontecimentos e o entendimento se nos ia abrindo. Jesus era o Servo de que tanto falara Isaías. Jesus era o filho a imolar por Abrãao. Jesus era o sacrifício verdadeiro de Abel. Jesus era mais que Elias e mais que Moisés. Israel não seria libertado por um exército de Macabeus, mas pelo sangue do cordeiro. Jesus era a Árvore da Vida.

Tudo fazia sentido, tudo se encadeava, tudo se encaixava, mas… da janela víamos ainda a Cruz e o cheiro da mirra e aloés inundavam aquela sala. Foi a primeira Vigília Pascal que a Igreja, já fundada no perdão ainda antes de receber o Espírito Santo, celebrou.

João lia-nos o Génesis: Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom. Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado. E continuava: Já que assim procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único, abençoar-te-ei e abençoarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está nas praias do mar.

Cantámos de seguida o hino que Moisés e os filhos de Israel entoaram triunfantes e agradecidos em honra do Senhor: Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro!

Para mim, João, na sua delicadeza costumeira, foi a Isaías buscar estas palavras de consolo: Por um momento abandonei-te, mas no meu grande amor volto a chamar-te. Num acesso de ira, escondi de ti a minha face, mas na minha misericórdia eterna, tive compaixão de ti, diz o Senhor teu Redentor. E para todos: Prestai-Me ouvidos e vinde a Mim: escutai-Me e vivereis. Firmarei convosco uma aliança eterna, com as graças prometidas a David. Chamarás povos que não conhecias; nações que não te conheciam acorrerão a ti, por causa do Senhor teu Deus, do Santo de Israel que te glorificou.

A nós, que por Ele tínhamos sido escolhidos e que nesta hora só queríamos fugir, exortava-nos Baruc: Não cedas a outros a tua glória, nem os teus privilégios a uma nação estrangeira. Felizes de nós, Israel, porque nos foi revelado o que agrada a Deus. Se podíamos ficar ufanos, Ezequiel punha-nos no sítio: Não faço isto por vós, israelitas, mas por causa do Meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. Derramarei sobre vós água pura e ficareis limpos de todas as imundícies; e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses. Dar-vos-ei um coração novo e infundirei em vós um espírito novo. Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne.

Sim, as promessas feitas a nossos Pais estão-se a cumprir nestes dias. Deus infundirá em nós o Seu Espírito e viveremos segundo os Seus preceitos.

Ao raiar da aurora, as Santas Mulheres que nunca abandonaram o Senhor, voltaram do Sepulcro com a boa nova: está vazio!

Eu e João saltámos a correr para confirmar quanto nos tinhas prometido.

Era verdade!

CRISTO RESSUSCITOU! ALELUIA! ALELUIA!